segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


Se eu acertei bem com o Vila, errei feio em relação ao Goiás. Mas realmente eu tinha uma certa razão. Tudo conspirava contra. A temporada de 2007 e o campeonato goiando deste ano haviam sido péssimos e parecia que nada ia melhorar. O Goiás não só recuperou a tempo como foi o melhor time do returno e alguns momentos disputou a vaga para a Libertadores. Pelo menos garantiu vaga para a Sul-Americana. Também nem tanto, o torcedor esmeraldino não precisa comemorar como título conforme afirmei em um texto anterior, mas a campanha foi digna de consideração.

Basicamente, o Goiás fez o que deveria ser feito conforme eu sugeri aqui: base sólida, reforços e alguma renovação. Mas com certeza a grande explicação chama-se Hélio dos Anjos. Técnico do Goiás mais de 500 vezes, é convocado sempre que o time está com a corda no pescoço e geralmente a sinergia dele com o grupo de jogadores do clube goiano dá certo e aufere resultados.

Talvez o fato de o Goiás ser um clube sólido ajude-o a se manter na série A e não ser tão refém de boleiros. Mas o time esmeraldino podia render mais e arrisco dizer que poderia brigar por títulos. Não é porque o status atual seja favorável que os defeitos têm de ser ignorados. Parece que há conflitos internos e políticos na diretoria que extrapolam para dentro de campo, uma cultura fechada que não aceita outro ponto de vista, uma renovação ainda a desejar e um planejamento inexistente. Enfim, ao contrário do Vila, o Goiás é um clube imprevisível.

Nenhum comentário: