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Cavaleiro das trevas
Desde que Batman chegara às ruas da cidade de Gotham, tudo mudou. A máfia antes dominante está acuada e todos agora acreditam na justiça e prestes agora a escolher um novo oficial de justiça jovem, idealista, disposto e bem-intencionado: Harvey Dent. Mas como todo bom filme, a história não pode terminar assim. O Coringa aparece do nada pronto para tocar o terror e bagunçar a cozinha. Basicamente este é o enredo de Batman, o Cavaleiro das Trevas.
Acho que o diretor conseguiu muitas coisas neste filme além de um mero entretenimento. Primeiramente, assim como Batman Begins, a dignidade do herói foi resgatada ( Batman por si só tem todos os ingredientes de um conto baitola de carnaval: milionário fantasiado de colã que lembra um morcego sai todas as noites atrás de homens mal intencionados, ui!) Segundo, um vilão de responsa que rouba a cena. Coringa está parecendo uma mistura de Zé Pequeno, Jigsaw, Osama bin Laden e o Coringa de Feira da Fruta. Terceiro, o filme conseguiu fugir um pouco do típico filme bobo cheio de efeitos especiais de super-heróis. Pelo menos houve preocupação em ser real. A cidade é real, os bandidos são reais. E por fim, tenta-se ser profundo ao expor assuntos tais como quando é necessário transgredir a lei, justiça versus vingança, os extremos e a confusão da dualidade bem e mal, o que fazer quando a lei falha, as limitações da lei, até que ponto vai a moralidade humana quando exposta a situações extremas, em suma, aquelas paradas bem discutidas nas literaturas sociológicas e filosóficas.
Só uma coisa me preocupa. A continuação, que com certeza vai haver, corre o risco de não ser tão boa quanto este filme. O intérprete do Coringa não existe mais e tenho minhas dúvidas se os responsáveis por esta nova série conseguem juntar outras peças para fazer outro filme mais interessante. De qualquer forma, se Cavaleiro das Trevas fisgar algum Oscar não vou ficar surpreso.
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