sábado, 3 de maio de 2008


Pride FC

Existem jogos de luta. Esse é de porrada! Esqueça aquelas paradas de poderzinho, especial e combos irreais ou outras manhas frescas, apelativas e injustas. Aqui o negócio é que nem briga de verdade, sem ‘’coré-coré’’. Tem que ter agressividade, rapidez, técnica, estratégia e um pouco de malandragem. Bom, pelo menos a cara não fica amassada no final.
Pride FC consegue agradar aos fãs de MMA. Há vídeos dos melhores momentos de cada lutador, mais clips antes dos combates e uma coletânea primorosa de bordoadas ao som da trilha sonora oficial da competição ao início do jogo. Ainda conta com a presença de lutadores que nem sei se lutam mais( Renzo e Royler Gracie, Frank Shamrock, Sakuraba ) e estrelas ( Minotauro, Wanderlei Silva, Ricardo Arona, Sammy Schilt, Dan Henderson, por exemplo). Senti a falta do Cro-Cop e do Fédor, mas nem reparei a ausência do Bob Sapp e do Giant Silva. Ok, o jogo está um pouco datado, o mundo do MMA é dinâmico sem contar que UFC e K-1 desenvolveram-se bastante nos últimos anos e desfalcaram muito o elenco do Pride.
A jogabilidade é igual para todos os personagens. Quadrado é soco esquerdo, triângulo é soco direito. De forma análoga, xis é chute esquerdo e bola é chute direito. Apertando xis e quadrado simultaneamente( ou bola e triângulo, como preferir) você executa uma projeção e, no chão, com o mesmo comando é possível finalizar o adversário. Mexendo com os direcionais e apertando todos os botões, você escapa da imobilização. Bem, o jogo possui mais movimentos e combinações, mas com esse basicão bem agressivo e executado é possível vencer legal jogadores mais experientes o que pode ser frustrante para uns e ótimo para outros.
Embora Pride FC consiga colocar o mundo do MMA na dimensão virtual, ele faz a experiência ser incompleta. Só há um cenário e não há muitas opções para editar o seu próprio jogador. Fica a sensação de que o jogo podia render mais. Mas logo você supera isso, quando vir o espirro de sangue na tela durante uma trocação mais forte.

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